Cirurgia bariátrica

Esse espaço é dedicado com carinho, à pessoas que tem curiosidade, dúvidas ou outro tipo de interesse na cirurgia bariátrica.

Espero ajudar de alguma forma.

domingo, 9 de maio de 2010

2- Minha primeira consulta Foto Fev/2010


Minha vida passou a ter outro horizonte.
Comecei a querer voltar para um biquini, outras roupas, fazer outras coisas então, arregacei as mangas e parti para o primeiro passo: O CIRURGIÃO!
Tinha que ser pelo plano de saúde e por sorte, o encontrei! (vou pedir sua autorização para colocar seu nome no blog)
Em novembro do ano passado, fui na primeira consulta com meu marido. Estava com o coração na mão, as pernas bambas e tremendo mais que nunca.
Entramos no consultório e ele foi atencioso, gentil e extremamente sincero. A primeira coisa que fez foi me pesar, logo após me examinou, só então conversamos. (OBS: Ainda é difícil falar sobre tudo isso. Não fiz a cirurgia ainda e prometo colocar meu peso no início e conforme o tempo vai passando, irei atualizando)
Me explicou que era uma cirurgia simples mas, que como qualquer cirurgia, teria risco. O risco é maior no pós, os primeiros dias e meses, onde teremos que controlar TUDO que comemos. A comida eu estava tranquila... já esperava isso e poderia tirar quase que de letra. Meu problema maior era: CHIMARRÃO! Como parar de tomar meu chimarrão. Ele disse que poderia tomar um copo.
Pensei: UM COPO? Chimarrão se toma em cuia e, quem faz um chimarrão para tomar apenas uma cuia? Tomo uma térmica de manhã e outra de tardezinha. Como parar? Já não basta o cigarro? Fiquei com medo!!!
Eu tinha que encarar! Já estava ali e meu chimarrão seria só alguns meses e com o tempo poderia voltas um pouquinho de cada vez.
Eu teria que mudar meus hábitos, minha vida, meus prazeres, minha forma de pensar e meus amigos. Mais uma vez fiquei surpresa: Meus amigos? O que eles tem com isso? Ainda não perguntei o por quê... Ele me deu o exemplos de como a comida estava presente em cada prazer. Quando saimos pensamos em comer: ou uma pipoca no cinema, ou uma pizza, ou jantar fora, ou comer um baurú (em Pelotas e Porto Alegre, é tudo de bom), ou fazer um churrasco no final de semana, tomar um chopp (não sou de beber mas,ele deu esse exemplo.) Notei que realmente, tudo envolve comida. Pode ser que os amigos se encaixem ai. tenho atémedo de perguntar.
Ele continuou: Eu tinha que passar por 5 etapas fundamentais: 1- Teria que ter um acompanhamento psicológico. Precisava de autorização para a cirurgia, sem isso seria impossível; 2- Teria acompanhamento, da mesma importância: uma nutricionista. Ela também teria que dar a autorização; 3- Tinha que participar de uma palestra com o grupo que fez e também, os que fariam redução de estômago. Era importante eu saber da mudança de vida de cada um, ver que nem tudo erauma maravilha, que eles tiveram que se adaptar; 4- Eu teria que emagrecer um pouco (se não me engano 5 kg). A única exigência: Cada vez que eu voltasse no consultório, não poderia ter engordado nem 100 g do que já tinha perdido, senão... e o 5- Eu teria que estar em perfeita saúde física e mental.
Me explicou que é tirado cerca de 40% do estômago mas, que se eu tivesse com algum problema os remédios não fariam o efeito esperado. (Nãolembro direito dessa parte, por isso, fico devendo pra voces e respondo depois da próxima consulta).
Bom, sai de lá com um monte de exames para COMEÇAR a fazer e flutuando! Radiante! Sonhando com o depois! A sensação é que emagreci uns 100 kg só naquela consulta.
tenho a ciência de que não será um mar de rosas, mas acredito que tudo valerá a pena.